O governo do presidente Donald Trump recua decisão anterior e concede à Universidade de Harvard um prazo de 30 dias para contestar a decisão que revoga sua autorização para matricular estudantes internacionais. A medida ocorre após críticas e ações judiciais que alegam violações constitucionais e impactos significativos na comunidade acadêmica.
A revogação da certificação de Harvard no Programa de Estudantes e Visitantes de Intercâmbio (SEVP), anunciada anteriormente, ameaçava afetar cerca de 25% do corpo discente da universidade, incluindo programas de pós-graduação como o LL.M. da Faculdade de Direito, que conta com 97% de alunos estrangeiros. A perda dessa certificação poderia resultar em prejuízos financeiros significativos para a instituição.
A decisão do governo baseou-se em alegações de que Harvard não teria respondido adequadamente a incidentes de antissemitismo no campus e teria vínculos com o Partido Comunista Chinês. Em resposta, Harvard negou as acusações e entrou com uma ação judicial, argumentando que a revogação viola direitos constitucionais e representa uma retaliação política.
A juíza federal Allison Burroughs emitiu uma ordem temporária impedindo a revogação imediata da certificação, permitindo que Harvard continue matriculando estudantes internacionais enquanto o processo judicial está em andamento. A universidade agora tem 30 dias para apresentar sua defesa formal contra as alegações do governo.