A Fundação Rubens Dutra Segundo divulgou uma nota oficial nesta quarta-feira (21/5) negando a utilização de medicações vencidas durante o mutirão de cirurgias oftalmológicas realizado em Campina Grande no dia 15 deste mês.
Dos 64 pacientes que aram pelo procedimento na quinta-feira (15), 29 apresentaram complicações, com sintomas de leve a graves, incluindo infecções e perda da visão.
A instituição lamentou o ocorrido e expressou solidariedade aos pacientes e familiares afetados. Segundo a nota, a Fundação iniciou imediatamente uma busca ativa para identificar e convocar pacientes sintomáticos, solicitando sua presença com urgência para avaliação pós-operatória e acompanhamento médico. O tratamento está sendo realizado sob responsabilidade da médica que conduziu os procedimentos.
A Fundação ressaltou que todos os profissionais envolvidos possuem ampla experiência e atendem às exigências legais para a realização dos procedimentos contratados. Além disso, destacou que, somente em 2024, foram realizados 2.490 procedimentos oftalmológicos, incluindo aplicações intra-vítreas, cirurgias de catarata e pterígio, e que, em 2025, já foram contabilizados 1.149 atendimentos deste tipo.
Em nota, a instituição garantiu que não utilizou medicações fora do prazo de validade em nenhuma etapa do mutirão.
O caso ganhou repercussão após pacientes relatarem dores e infecção ocular depois de procedimentos realizados no mutirão. Em resposta, a Secretaria de Estado da Saúde da Paraíba (SES-PB) abriu um processo istrativo para investigar as responsabilidades da Fundação Rubens Dutra Segundo e apurar as condutas adotadas. A SES declarou que medicamentos vencidos estavam entre os que foram utilizados no mutirão, que foi realizado pela empresa contratada.
Paralelamente, o Ministério Público da Paraíba (MPPB) também instaurou uma investigação e concedeu um prazo de dez dias para que a SES-PB apresente informações detalhadas sobre o mutirão. Entre os dados solicitados estão o número total de pacientes atendidos, os tipos de procedimentos realizados, os critérios de seleção, a lista dos profissionais envolvidos com suas qualificações e a cópia do contrato firmado com a Fundação.
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Nota de Esclarecimento
A Fundação Rubens Dutra Segundo lamenta profundamente o ocorrido e se solidariza com os pacientes e familiares envolvidos.
Informamos que desde o momento que tomamos conhecimento do ocorrido, iniciamos uma busca ativa no sentido de identificar e triar os pacientes sintomáticos, sendo solicitada a presença, em caráter de urgência, desses pacientes na Fundação Rubens Dutra Segundo para avaliação pós-operatória, iniciando, imediatamente, o tratamento daqueles que necessitaram com a médica responsável pelas aplicação ocorridas no dia 15 do corrente mês.
Importa destacar que os profissionais por nós contratados atendem todas as exigências legais e contam com ampla experiência para realização dos procedimentos contratados. Ademais, salientamos que esta Fundação realizou, no ano de 2024, um total de 2.490 (dois mil quatrocentos e noventa) e, no ano de 2025, um total de 1.149 (mil cento e quarenta e nove) procedimentos oftalmológicos entre aplicações intra vítrea, cirurgias de catarata e cirurgias de pterigio.
Destacamos e reiteramos nosso compromisso com a população paraibana, trazendo ao conhecimento de todos que em nenhum momento usamos medicações vencidas.
Estamos realizando as devidas apurações internas sobre os fatos, bem como nos colocamos a inteira disposição das autoridades para todos os esclarecimentos necessários, sempre prezando pela excelência na qualidade dos nossos atendimentos, com foco nos pacientes.
Campina Grande, 21 de maio de 2025.